sexta-feira, 18 de março de 2011

Angola dá os primeiros passos em direcção à energia nuclear!

Angola está a dar os primeiros passos para tornar-se um produtor de energia nuclear, maneira encarada pelas autoridades para aumentar de forma decisiva a capacidade energética do país, mas declara rejeitar o desenvolvimento de armas nucleares.

Angola é membro da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) desde 1999 e a designada Lei da Energia Nuclear está agora em finalização e deverá em breve chegar ao Parlamento.

 A nova lei, disse Ngandajina , “vai definir tudo sobre aquisição, transporte, uso e armazenamento que quisermos fazer de conhecimentos e equipamentos radioactivos aqui no país”. “O que se pretende aqui é o desenvolvimento científico ligado à energia nuclear. Formação de pessoal, desenvolvimento de projectos que ajudem o desenvolvimento económico e social do país”, afirmou.


No ano passado, Angola investiu cerca de 650 milhões de dólares em projectos destinados a assegurar o aumento de produção de energia eléctrica, apostando sobretudo no reforço da capacidade da rede e na construção e reforço da capacidade de barragens, para o que tem contado com importantes apoios da China e do Brasil.


Entre os principais projectos em curso, destacam-se as hidroeléctricas de Capanda, cuja terceira turbina, de quatro, entrou recentemente em funcionamento, e das Ganjelas, construída pela empresa chinesa Sino-hydro Corp, que deverá ser entregue durante o mês de Maio.

“Montou-se um laboratório para o ensino da cadeira de física nuclear; neste momento estão a fazer o doutoramento docentes e técnicos do laboratório de análise do Ministério [da Ciência e Tecnologia]. Tudo isso visa capacitar o país para este fim”, disse o ministro angolano.


Fonte: Embaixada de Angola em Italia em 07-Maio-2007, http://www.ambasciatangolana.com/pt/news.php?id_art=15

Relativamente ao contexto brasileiro: 


Lobão diz que governo fará avaliação da segurança em usinas nucleares brasileiras. Diante do agravamento da crise nuclear no Japão, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, adotou um discurso mais cauteloso e disse [ontem] que o governo vai fazer uma avaliação da segurança nas usinas brasileiras.

No início da semana, Lobão disse que elas foram construídas com a melhor tecnologia existentes e que as falhas registradas nas usinas japonesas em função dos terremotos e tsunamis que devastaram parte do país não teriam chance de ocorrer no Brasil.
Fonte: O Globo

"No momento, vamos fazer uma avaliação, assim como os outros países também estão fazendo. O objetivo é testar a nossa segurança", disse Lobão, ao deixar o Ministério da Fazenda.


Segundo ele, esse processo não paralisará as obras para a construção da usina de Angra 3. Questionado sobre a continuidade do programa nuclear brasileiro e os planos de construção de quatro novas usinas, Lobão apenas disse que, no momento, os testes têm prioridade.


O ministro também afirmou que não haverá mudanças para os produtores de urânio no País. Segundo ele, o governo continuará garantindo a produção sem prejuízo para quem encontrar urânio.

terça-feira, 15 de março de 2011

Navio retido no Lobito: Washington exige explicações!

O governo americano vai exigir das autoridades angolanas uma explicação clara sobre as motivações que levam à retenção de um navio cargueiro americano no porto do Lobito.


Fontes da VOA, disseram que, o encarregado de negócios dos Estados Unidos em Luanda, David Brooks, se reuniu segunda-feira à tarde com o ministro das Relações Exteriores de angolanas, George Chicoty, para tentar por fim ao impasse resultante da retenção do cargueiro de bandeira americana, Maersk Constellation, pelas autoridades angolanas.


Recorda-se que o navio e a sua tripulação estão retidos no Lobito desde o dia 28 de Fevereiro devido a questões aduaneiras, depois das autoridades angolanas terem descoberto a bordo um carregamento de quatro contentores com munições.

Depois das autoridades do Quénia terem reivindicado a propriedade do material de guerra, fontes da VOA informaram que Luanda começou a levantar a questão do estatuto legal dos 23 tripulantes do navio que se encontram no Lobito sem vistos.


As autoridades angolanas dizem agora suspeitar que, para além de munições, o navio americano retido no porto do Lobito, também transportará a bordo armamento. As autoridades locais, em Benguela, apresentaram entretanto uma proposta a Luanda para a descarga das 15 toneladas de bens alimentares que seriam destinadas a outros países africanos, entre os quais Moçambique.


A embaixada americana numa declaração disse que, a ajuda humanitária a Moçambique e outros países constituída por "bens perecíveis" está agora em risco devido aos atrasos na resolução do problema do navio detido.













Fonte:VOA News




Dados referentes ao contexto brasileiro relativamente aos sectores da sociedade civil afectados pelo tráfico internacional ilicito de armas: